A disputa eleitoral já começou, e é muito comum nesta época “pipocarem” obras e obras, principalmente em ruas, estradas, pontes e pinguelas, que são mais visíveis ao eleitorado. Todas as intervenções e gambiarras são importantes, com certeza, mas as carências são antigas e não precisava deixar tudo para a última hora. Aliás, precisava sim. Para ganhar votos.
Afinal, não faça hoje o que você não pode fazer amanhã.
O resultado dessa concentração de obras e cambalachos em meses que antecedem a corrida eleitoral é o caos. O trânsito fica lento e não há saída, pois outras ruas também passam por “manutenção”. E ficamos todos parados. Assistindo à apoteose do serviço público. Buracos a parte, em andanças por várias ruas e ruelas do município de Grajaú, salta aos grandes olhos a necessidade de alguma melhoria de vias e infraestrutura.
Mas, apesar da necessidade, a maioria das intervenções ou gambiarras só ocorre meses antes da corrida eleitoral.
Cansada, a população de Grajaú usa das redes sociais para mostrar os descasos e mazelas da atual administração. Em vídeo, moradores mostram a péssima qualidade do asfalto que está sendo usado na pavimentação das ruas, que é uma obra, pasmem, estadual, mas secretários e asseclas da atual intendência grajauense, gritam a todo momento: Chora oposição!
Apelido de Big Big, porque com o calor derrete, o asfalto usado em Grajaú já virou motivo de chacota. Até mesmo o peso de “cancão sem couro”, tem deixado marcas profundas, não só no chão. Mas na mente daqueles que a todo instante, tentam defender o indefensável.
Parafraseando um grande filósofo contemporâneo grajauense, que dizia o seguinte: Respeite o povo Mercial, eu ouso a dizer: Seria cômico, se não fosse Luis Carlos.
O fato é que muitas obras Grajaú afora causam transtornos evitáveis para o cidadão durante sua execução. Um mínimo de planejamento e boa vontade pública evitariam esse volume concentrado de obras e obradeiras. Mas faz parte do marketing político transformar a cidade em um canteiro de obra nesta época. A memória do eleitor é curta e não se pode correr o risco de ele não se lembrar de algo importante feito antes das eleições. Parece que isto dá certo. Um prefeito pode ficar mais de três anos enrolando, sem nada fazer, mas se trabalha no final, faz ponte, reforma estradas, arruma canteiros, pinta a praça e o sete, cai no gosto do eleitorado e volta para mais quatro anos no poder.
Essa é a democracia brasileira. A memória curta e a falta de informação do eleitor perpetuam no poder o político enrolão.
E antes de começar os falatórios, eu, mas um vez, utilizo a frase de um outro grande filósofo maranhense conhecido como Repórter Puliça: "Não venha com frescura pro meu lado não. Num é eu não, é o povo!"
Por George Lima.
Veja alguns vídeos onde mostram os asfalto, o Secretário de Obras festejando e uma ponte que antes de terminar já havia caído.