Pesquisa mostra que cidades do interior do MA sofrem com déficit de profissionais de odontologia.

Uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que no MA a média é de um dentista para cada 1.111 pacientes.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que o Maranhão e o Pará são os estados que menos têm profissionais na área de odontologia. A média é de um dentista para cada 1.111 pacientes.

De acordo com o IBGE, no país mais da metade da população não vai ao dentista todos os anos, como recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS). Além disso, 10% nunca foram em uma consulta dessas em toda a sua vida.

Mas mesmo bem abaixo da média nacional, que é de 1 para cada 512 habitantes, o número está próximo do recomendado pela OMS, que prevê um profissional para cada 1200 habitantes. O índice no Maranhão é o igual ao da Itália, na Europa, mas o problema é acesso aos profissionais.

No Maranhão, pelo menos sete faculdades oferecem o curso de odontologia, segundo a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), mas esses profissionais depois que se formam costumam atuar nos grandes centros urbanos, como nos municípios da Grande Ilha de São Luís e também em Imperatriz. Com isso o acesso aos tratamentos no interior do Estado fica comprometido.
De acordo com a professora do curso de Odontologia da UFMA, Nayra Vasconcelos, outro fator que dificulta o acesso desses profissionais no interior do Estado é que os tratamentos que são liberados no serviço público eles normalmente não são especializados. Eles são voltados na sua grande maioria para as restaurações, limpezas e extrações.

“Sem contar também na dificuldade que eles têm de realizar tratamentos por uma questão custos porque os tratamentos que são liberados no serviço público eles normalmente não são especializados. Eles são mais voltados para a parte básica na sua grande maioria, que são restaurações, limpezas e extrações. Atendimentos especializados como a que a gente tem aqui na universidade eles são mais pontuais e são mais presentes em centros maiores, cidades maiores”, explica a professora Nayra Vasconcelos.

O estudante de Odontologia Carlos Artur Dutra Cantanhede, Carlos Artur Dutra Cantanhede, diz que pretende atuar no interior assim que se formar, pois ele acredita que o tratamento odontológico não pode se prender apenas aos grandes centros urbanos. “Apesar da distância dos centros urbanos lá também existem necessidades que estão enraizadas, principalmente nos interiores do Estado e a necessidade do tratamento odontológico não pode se prender aos centros urbanos. Então, a minha expectativa é sim de trabalhar principalmente nos interiores levando saúde, função e estética para essa população”.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES), os atendimentos odontológicos são oferecidos de graça pelo estado e municípios. Já os exames preventivos e de baixa complexidade estão disponíveis na atenção primária nas Unidades Básicas de Saúde.

Já os atendimentos de média complexidade, segundo a SES, estão disponíveis nas unidades de especialidades odontológicas do Maranhão em São Luís, Caxias, Presidente Dutra, Coroatá e Santa Inês, além das policlínicas.

A UFMA também oferece atendimento especializado de graça e as outras faculdades que tem curso de Odontologia que também atendem a população a preços simbólicos.

FONTE: G1 MARANHÃO.

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