Emissora carioca vendeu 17 torres para a empresa IHS, que tem sede na Nigéria.
Aparentemente, as demissões não são a única estratégia adotada pela Globo para tentar reduzir os custos atuais da empresa. É o que indica uma reportagem publicada pelo site Notícias da TV nesta quarta-feira (1°), que aponta que a emissora fechou a venda de nada menos que 17 torres de transmissão em diversas cidades do Brasil para a empresa IHS, que fica na Nigéria.
De acordo com o site, o objetivo da transação realizada pela Globo até seria a arrecadação de dinheiro para investir em mais produções, mas também teria como foco a redução dos custos de operação. O contrato deve começar a valer em janeiro, mas, mesmo após a venda, a emissora deve continuar usando os transmissores, ou seja, utilizando as torres para emitir seu sinal de TV aberta.
Junto com a venda das torres, a emissora também se desfez de 16 imóveis onde ficam parte das antenas. Esses, por sua vez, foram arrematados pela empresa San Gimignano. De acordo com um balanço do último trimestre, divulgado pelo colunista Guilherme Ravache, do Notícias da TV, o Grupo Globo gastou 28% a mais em relação ao mesmo período de 2020 com operações técnicas.
Por isso, objetivo da Globo com a venda é reduzir em até 25% o que se gasta com essas operações. Ao Conselho de Administração de Defesa Econômica (Cade), a empresa confirmou que a decisão foi “uma oportunidade de desinvestimento de ativos, proporcionando a redução de custos com uma atividade secundária ao negócio principal”.
Apesar de o valor da venda ter ficado em sigilo no Cade, fontes no mercado informaram ao Notícias da TV que uma transação do tipo não sai por menos de R$ 200 milhões. O conselho decidiu aprovar o negócio sem restrições por entender que a IHS tem apenas 20% de participação no mercado brasileiro de torres.
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